sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Jovem brasileiro quer construir naves espaciais



"Meu maior sonho é construir as próximas naves espaciais que vão levar o homem a distâncias jamais alcançadas". Esse é o sonho de Luiz Fernando Leal Gomes, de 19 anos, que vai cursas Engenharia Aeroespacial em uma das universidades mais disputadas dos Estados Unidos, o Instituto Tecnológico da Flórida (Florida Institute of Tecnhnology). Medalhista de ouro da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), o jovem viaja no segundo semestre do ano para a cidade de Melbourne (na Flórida, EUA) onde vai morar por quatro anos.


Morador do Meier, zona norte do Rio de Janeiro, e fascinado pelo céu, o jovem despertou o desejo de ser piloto quando viu um evento de acrobacias aéreas na cidade aos 13 anos. Com o término do ensino fundamental começou a preparação para a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR). Nesse período descobriu que tinha miopia. Passou na prova, mas não fez a cirurgia devido a sua idade. Foi uma grande decepção. Resolveu então cursar o ensino médio técnico.

No novo colégio, começou a se interessar por ciências, em especial pela Astronomia e pela Física. Participou, por meio da instituição de ensino na qual cursava o ensino médio, da OBA e da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). "Conquistei uma medalha de outo no meu primeiro ano em que fiz a prova da Olimpíada de Astronomia e fui o melhor aluno da minha escola. No ano seguinte, conquistei a prata e no terceiro, voltei a ser ouro".

- A OBA abriu as portas para um mundo novo que estou começando a trilhar. Caso não tivesse participado ou ganho boas medalhas, não teria a oportunidade de conhecer e de viver por uma semana no setor aeroespacial, e provavelmente, estaria em outro caminho - relata.

Além disso, Luiz conquistou também medalhas e menções honrosas nas olimpíadas de Física, de Matemática e de Robótica. Ele diz ainda que os pais não entendiam bem o assunto quando começou a participar dos eventos. Porém, como o tempo, começaram a apoiar após perceber que o jovem gostava do que fazia. "Meu pai sempre me deu palavras de incentivo. E minha mãe me ajudou inúmeras formas para que eu tivesse sempre um ambiente favorável aos estudos."

Nas horas vagas, a atividade física é sua válvula de escape: "pratico ginástica olímpica e le parkour para relaxar. Só assim consigo ter o equilíbrio necessário para manter o meu dia a dia num nível satisfatório sem comprometer os estuos e principalmente a minha saúde", ressalta.

Antes de ser aprovado para o Instituto Tecnológico da Flórida, o estudante deu aulas particulares de Física para pagar o preparatório para os testes de admissão TOEFL (teste de proficiência em língu inglesa) e SAT (vestibular americano). Nas horas vagas, estudava Física, Astronomia e Astronáutica.

- O processo de admissão das universidades americanas são bem diferentes dos daqui, pois costumam durar quase um ano. Temos também muitas redações e entrevistas, além do vestibular americano e o teste de habilidade com a língua inglesa - explica

O jovem diz que a bolsa de estudos não cobre o gasto total da universidade, mas pretende conversar com o instituto sobre isso. Ainda, segundo ele, o curso custaria cerca de US$ 50 mil por ano. Apenar desse impasse, Luiz já sabe em qual segmento pretende atuar. "Adoraria poder construir os próximos veículos que serão lançados para os mais diversos lugares do espaço sideral"

- Quero, um dia, poder embarcar em minha própria criação. E caso as forças da natureza me permitam voltar desta jornada são e salvo, quero trabalhar no desenvolvimento Aeroespacial Brasileiro. Será um trabalho muito árduo e com muitos desafios, mas que estou disposto a enfrentá-los para levar esta nação a novos patamares - enfatiza.

FONTE: Kala

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A astronomia e o carnaval


Já parou para se perguntar por que as datas do carnaval mudam a cada ano?
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A astronomia está presente no nosso cotidiano de forma mais intensa do que podemos imaginar. O nosso calendário e as datas de algumas famosa festividades se baseiam nos movimentos de nosso planeta e de nosso satélite natural, a Lua. Exemplos marcantes dessa relação são o Carnaval e a Páscoa. Para saber a data de início do Carnaval, necessitamos primeiro determinar a data do domingo de Páscoa. 
 
A Páscoa é uma das maiores festividades cristãs, celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Houve um longo debate, na Igreja Católica, para definir como seria determinado o dia da Páscoa. No Concílio de Niceia, realizado no ano 325, foram criadas as tabelas Eclesiásticas. Nessas tabelas, são definidas formas de determinar as datas de fenômenos astronômicos sem a necessidade de conhecimento de astronomia. Desse modo são definidas as fases da Lua (cheia, nova...) eclesiásticas (referem-se ao movimento de uma Lua imaginária, não tendo relação com as fases reais da Lua), e os equinócios e solstícios eclesiásticos. Utilizou-se como referência para essas escolhas o Ciclo Metônico.

O astrônomo ateniense Méton apresentou uma proposta para corrigir problemas em relação ao ajuste das datas dos fenômenos astronômicos nos calendários da época. O calendário que era usado em Atenas tinha 12 meses de 29 e 30 dias intercalados. O que totalizava 354 dias. Para manter a 
coincidência, entre o ano Solar e o Lunar, os gregos realizavam alguns ajustes. Méton determinou em 430 A. C. um período de 19 anos, com anos com 13 meses lunares, os anos 3, 6, 9, 11, 14, 17 e 19 (os famosos números áureos, festejados com bastante intensidade pelos gregos) e os demais com 12 meses. Essa escolha permitia uma boa coincidência com o ano Solar. Esse ciclo, 
conhecido como Ciclo Metônico, foi usado para os cômputos eclesiásticos. 
 
Baseado no Concílio de Niceia, o Papa Gregório XIII, em 1582, definiu o modo como se determina o dia da Páscoa. De acordo com o decreto Inter Gravíssimas de 24 de fevereiro de 1582, a Páscoa ocorre no primeiro domingo após a Lua Cheia Eclesiástica (13 dias após a Lua Nova Eclesiástica) que ocorre após ou no Equinócio de Primavera Eclesiástica (para nós habitantes do hemisfério Sul seria o Equinócio de Outono), com data fixada em 21 de março. Caso o dia assim definido esteja além de 25 de abril, a Páscoa ocorre no domingo anterior; caso a Lua Eclesiástica ocorra no dia 21 de março e esse seja domingo, a Páscoa será no dia 25 de abril. Desse modo, a data do domingo de Páscoa ocorre sempre entre 22 de março e 25 de abril. 

Em 2013, o equinócio de outono ocorreu no dia 20 de março. O equinócio corresponde à época do ano na qual o dia e a noite têm a mesma duração. O Sol está iluminando diretamente o equador da Terra. A primeira lua cheia ocorre no dia 27 de março (quarta-feira). O domingo após essa data cai no dia 31 de março. É o Domingo de Páscoa.

A quarta-feira de cinzas ocorre, 46 dias antes do domingo de Páscoa. Um guia prático para definir a data do domingo de Carnaval é considerar o sétimo domingo que antecede o domingo de Páscoa. 

AUTOR: Marcelo de Oliveira Souza

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Artigos relacionados:

www.zenite.nu/20/0820.php

http://www.overmundo.com.br/banco/o-carnaval-e-a-astronomia


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Curiosidade magnética - Ciência hoje para crianças


As bússolas, você sabe, apontam sempre para o Norte. Ou seria para o Sul?



Você conhece o capitão Jack Sparow, do filme Piratas do Caribe? Além de esperto e engraçado, ele  tem uma bússola mágica  que sempre aponta para o que ele mais deseja no mundo.

No mundo real, as bússolas são baseadas totalmente na ciência, mas não deixam de ser tão incríveis quanto aquela - afinal, sem elas as aventuras de piratas e navegadores de verdade jamais aconteceriam! Você sabe como esses instrumentos funcionam?

De maneira geral, a bússola utiliza os campos magnéticos da Terra para determinar para que lado fica o Norte e, assim, orientas o viajante.

Isso é possível porque o núcleo da Terra é formado por metal em estado líquido e sólido. Ele gera um campo magnético que transforma nosso globo em um grande ímã, com polos norte e sul, localizados próximos aos pólos Norte e Sul geográficos - aqueles que sinalizamos no mapa.

A agulha da bússola também é um ímã, que se alinha ao campo magnético da Terra, apontando para o sul magnético do planeta. Mas espera aí: a bussola não aponta para o Norte?

Pode parecer estranho, mas os polos magnéticos e geográficos da Terra são invertidos, ou seja, o sul magnético está localizado no Norte geográfico e vice-versa.

Que baita confusão! Isso acontece porque as orientações de Norte e Sul nos mapas foram estabelecidas antes de entendermos o magnetismo da Terra. Quando os cientistas perceberam os polos magnéticos e geográficos estavam invertidos, já era muito tarde..



Para evitar e não ser necerrário mudar todos os mapas conhecidos, ficou assim mesmo. E aí vai mais uma informação para você ficar de queixo caído: em alguns momentos do passado, os polos magnéticos da Terra já foram diferente - o polo norte magnético já virou polo sul e vice-versa.

"Esse tipo de mudança drástica é algo natural e já ocorreu diversas vezes", conta Eder Molina, geofísico do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo. "Vai acontecer de novo. Só não é possível prever exatamente quando - provavelmente daqui a milhares de anos".

As consequências do fenômeno, segundo ele, podem até fazer o campo magnético da Terra, que protege nosso planeta da radiação solar, deixar de existir por algum tempo.

Viu só? As bússolas reais não deixam nada a dever às bússolas do cinema - também são cheias de mistério e curiosidade!

FONTE: Ciência hoje das crianças

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CNPq apoia UFSC em projeto que insere Astronomia e Física nas escolas e comunidade

Universidade Federal de Santa Catarina está entre 40 instituições brasileiras contempladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na Chamada 85/2013 - "Apoio à criação e ao desenvolvimento de Centros e Museus de Ciência e Tecnologia". O projeto selecionado, "A Astronomia e a Física vão à Escola e à Comunidade", teve início em 2012 e tem como principal meta "fomentar o interesse da comunidade escolar e local pela Astronomia e ciências afins".

A proposta será executada em articulação direta com o Planetário e o Observatório da UFSC - espaços tradicionais de disseminação do conhecimento dessas áreas no estado de santa Catarina - e conta com a parceria do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), de grupos de astronomia amadores - Grupo de Estudos de Astronomia (GEA) e Núcleo de Estudos e Observação Astronômica José Brazilício de Souza (NEOA) - e da Oficina do Aprendiz.

No projeto apresentado ao CNPq, mostrou-se a importância da iniciativa frente às necessidades das escolas brasileiras. Explica-se que "a exemplo dos países mais adiantados, a Astronomia era ensinada no Brasil até 1930. Por razões ainda incompreensíveis, foi afastada dos bancos escolares e passou a ter uma tímida aparição em poucas páginas nos cadernos e livros de Ciências, limitando-se a descrever o Sistema Solar e a fornecer tímidas pinceladas sobre as estrelas, galáxias e o cosmo. Nas escolas de nível superior, na formação dos professores limita-se a um semestre, ou então é disciplina optativa, não preparando adequadamente os futuros mestres das gerações, não os habilitando a dar um passo mais além no compartilhamento do conhecimento humano. As escolas básicas, que deveriam inspirar a curiosidade infanto-juvenil e instigar os jovens ao conhecimento científico, a ensiná-los a gostar das ciências naturais e aos ensinamentos da Física e da Astronomia, não estão equipadas com o mínimo necessário para, de uma forma lúdica e prática, estudar fenômenos naturais por meio de instrumentos e equipamentos simples e interativos, mas que se tornam fortes em conteúdo e que são de fácil disseminação, democratizando assim o conhecimento e proporcionando sua clara compreensão.

O projeto irá levar às escolas da rede pública de ensino fundamental e médio e a espaços culturais e sociocomunitários da Grande Florianópolis exposições itinerantes de instrumentos históricos de Astronomia e de experiências de Física. Também irá desenvolver oficinas de observação e estudo de fenômenos mediante a construção de observatórios astronômicos solares no Planetário da UFSC e nas escolas.

Para tanto, pretende-se criar um grupo de formação permanente, com 20 professores das dez escolas participantes, contanto com um professor de Ciências e outro de Geografia por centro educativo. Também serão capacitados alunos do ensino superior, graduados, recém-formados e profissionais do ensino como mediadores científicos para atuar nas exposições. Outras ações interessantes são: publicar um caderno com referências teóricas da história da Astronomia: e criar um portal digital para a inserção de propostas didáticas e conhecimentos por parte de professores, alunos e comunidade.

"Um projeto para se perpetuar", deseja o coordenador Everton da Silva, professor do Departamento de Geociências da UFSC, que trabalha juntamente com as técnicas do Planetário, Edna Esteves da Silva e Tânia MAris ires da Silva; o físico Ricardo Gutierrez Garcés; a geóloga Ofélia Ortega; o engenheiro mecânico e o presidente do Grupo de Estudos de Astronomia (GEA), Adolfo Stotz Neto; os professores de Física da UFSC, Antônio Nemer Kanaan Neto, e do IFSC, Marcos Aurélio Neves; e o psicólogo Nicolas Lindner.

No dia 4 de fevereiro, foi realizada uma reunião para planejamento das atividades do projeto. O coordenador explicou que o orçamento total era superior ao que foi aprovado pela Diretoria do CNPq. Desta forma, o projeto necessita de novos fomentos, e, para não deixar de cumpri-lo da forma como foi idealizado, busca-se apoio nas pró-reitorias da UFSC, na Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF)/Secretaria de Educação (SED) e no próprio Planetário.

O físico Ricardo, que trabalha diretamente com a construção de observatórios e instrumentos astronômicos histórico, demonstrou o uso desses objetos, tais como a Esfera Amiliar, que traz a representação dos movimentos aparentes do Sol. Os artefatos, fabricados pela Oficina do Aprendiz em 2013, farão pare das exposições e serão cedidos aos estabelecimentos de ensino. O grande potencial de levar a exposições foi identificado, inicialmente, no Colégio de Aplicação da UFSC e na Biblioteca Pública Municipal de Lages.

Os antecedentes do projeto no Brasil datam de 2012, com a exposição itinerante "Astronomia e Física ao alcance de todos" desenvolvida no âmbito do projeto "Aprendiz de Ciências", da Oficina do Aprendiz, em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc).

O projeto será composto pelas seguintes etapas:

1 - exposição interativa e nas comunidades;
2 - observatórios de acompanhamento solar na área externa do Planetário e Observatório Astronômico da UFSC, e nas escolas;
3 - instalação de equipamentos interativos na área externa do Planetário e Observatório Astronômico da UFSC;
4 - formação de mediadores científicos para exposição itinerante;
5 - formação permanente de professores dos ensinos médio e fundamental;
6 - apoio a clubes de Astronomia;
7 - promoção de eventos astronômicos;
8 - cadernos de divulgação científica de referência teórica e de sugestão de atividades;
9 - portal digital;
10 - grupos de estudo;
11 - visitas técnicas (nacionais e internacionais) a museus e espaços de divulgação científica.

Mais informações pelos e-mail: evertons.ilva@ufsc.br e ofelia.fraile@gmail.com

Fonte: UFSC

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Uma Jornada à Nebulosa de Órion


Aqui você pode ver uma exibição ao vivo para o zoom óptico grande nebulosa de Orion.
Acompanhe o vídeo CLICANDO AQUI!


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Imagem da Semana


Foguete, Meteoro e Via Láctea sobre Tailândia
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Crédito de imagem e direitos autorais: Matipon Tangmatitham


Explicação: Pode o céu noturno parecer tão sereno e surreal? Talvez classificável como sereno na imagem panorâmica acima, tomada na sexta-feira são as luzes fracas de pequenas cidades brilhando através de uma paisagem de primeiro plano de Doi Inthanon National Park, na Tailândia, bem como as inúmeras estrelas brilhantes através de um fundo escuro starscape. Também são visíveis no planeta Vênus e uma faixa de luz zodiacal do lado esquerdo da imagem. Acontecimentos invulgares também são capturados, no entanto. Primeiro, a faixa central da nossa galáxia, Via Láctea, enquanto geralmente uma visão comum, aparece aqui do lado direito da imagem. Talvez o componente mais incomum é o ponto brilhante logo à esquerda do meteoro. Esse ponto é a pluma de uma subida do foguete Ariane 5, lançado poucos minutos antes de Kourou, na Guiana Francesa. Que sorte foi o astrofotógrafo capturar o lançamento de foguetes em sua imagem? Muita sorte - a imagem não foi programada para capturar o foguete. Também foi sorte o fotogênico - e talvez surreal - restante do céu.

FONTE: NASA

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

As constelações existem?


"O homem desenvolveu a economia e várias outras atividades com base nas observações do movimento regular das estrelas"
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Podemos dizer que sim. Os astrônomos usam as constelações como um referencial no céu, pois mapear o firmamento estrelado em constelações facilita a localização dos demais astros e fenômenos astronômicos. A União Internacional de Astronomia define como sendo 88 as constelações oficiais, elas são plotadas nos mapas e carta celestes utilizados por astrônomos amadores e profissionais.

Mas para os índios Tembém, da Amazônia, não existem tantas constelação assim - eles mapearam o céu em nove principais constelações. A maior delas é a constelação da Ema, a maior ave da Amazônia. Quando a constelação da Ema está totalmente visível ao anoitecer, é um sinal para os Índios Tembé que está começando a estação da seca, que é a estação da colheita.

As estrelas sempre exerceram um fascínio nos povos de todas as épocas em todos lugares. Já foram encontrados vários registros rupestres feitos por homens primitivos em rochas alusivos a etrelas e fenômenos celestes.

Civilizações antigas como babilônios, assírios, árabes, egípcios, chineses, gregos e vária outras, deram nomes às estrelas. Quando determinado grupo de estrelas ficava visível ao anoitecer, eles associavam ao frio ou calor, à colheita ou ao plantio, à caça, pesca, navegação e outras ocupações do seu cotidiano. Observando as estrelas e seu "bailando" no céu noturno, os povos antigos transportaram para elas os seus anseios, suas angústias e seus problemas e as agruparam, formando figuras de animais, objetos e deuses mitológicos tais como: Bússola, Touro, Hércules, Andrômeda, Compasso, Vela e outras. Assim, surgiram as constelações, associadas a inúmeros mitos e lendas.

O homem aprendeu a conviver em grupos, desenvolveu a economia e várias outras atividades com base nas observações do movimento regular das estrelas.

Elas não estão dispostas no céu como vemos do nosso ponto de vista aqui da Terra. Os formatos das constelações são ilusórios e só existem na nossa imaginação, aqui no nosso minúsculo "cantinho" no universo.

Trata-se de um efeito de perspectiva, as estrelas estão distantes uma das outras, umas mais próximas e outras mais afastadas de nós e, como estão a enormes distâncias, nossa vista não tem poder de perceber que elas não estão fixas num mesmo plano, como nos parece quando vistas daqui da Terra.

A ilustração nos mostra a constelação do Órion, onde se localizam as Três Marias. As três estrelas, cujos nomes verdadeiros são Mintaka, Alnilam e Alnitak, não estão a uma mesma distância da Terra, não estão num mesmo plano. Mintaka está a cerca de 916 anos-luz de nós (um ano-luz é aproximadamente 10 trilhões e quilômetros). Já a Alnilam, está a mais de 1.300 anos-luz da Terra portanto, muito atrás de Mintaka. A Alnitak está mais próxima de nós, pouco mais de 800 anos-luz.

Com isso, o leitor pode notar que, com nossa vista, não vemos as estrelas como elas estão realmente espalhadas no universo e que as constelações são meramente figuras imaginárias.

Estrelas

OBSERVAÇÃO

Constelação do mês

Se fosse possível fazer uma longa viagem até próximo à estrela Capela, que está a cerca de 42 anos-luz da Terra, e olhássemos para constelação do Órion, não a veríamos no mesmo formato como vemos da Terra. A constelação estará completamente distorcida

A constelação do Órion é sem dúvida uma das mais ricas do céu noturno. Nela se encontram nebulosas claras e escuras, estrelas duplas, triplas e estrelas de brilho variável.

Num céu sem nuvens e poluição luminosa, até mesmo como um binóculo, pode-se ver a belíssima nebulosa do Órion - um berçário de novas estrelas.

Para ver vídeos e belíssimas imagens de nebulosas acesse:

http://www.eso.org/public/brazil/videos/
ou
http://www.eso.org/public/brazil/images/



FONTE: O POVO.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Astronomia Está Entre Disciplinas Que Formam Kit de Ciência




A Astronomia é uma das cinco disciplinas que integram um kit de ciência, que é elaborado por um grupo de professores das universidades de São Paulo (USP), Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para ser distribuindo em todas as escolas publicas do país.

O Ministério da Educação (MEC), que patrocina a iniciativa junto com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), prevê a distribuição, ainda neste primeiro semestre, de 800 mil a um milhão de kits de cinco disciplinas: Astronomia, Biologia, Física, Matemática e Química.

Além de aprimorar a formação dos docentes, aumentar o tempo de permanência na escola, melhorar a infraestrutura e equipar os estabelecimentos de ensino, o grupo responsável pelo trabalho defende a necessidade de incorporação do ensino de ciências no currículo desde os primeiros anos do ensino fundamental.

A intenção, de acordo com Vanderlei Bagnato, professor do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP e porta-voz da equipe junto ao MEC, é criar uma coleção que se transforme num laboratório itinerante dentro da escola. "Com esse kit queremos que as crianças pratiquem ciências como elemento educativo", diz ele.

Posição - Dados do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2012 mostram que na área de ciências o Brasil se posicionou em 59º lugar num ranking de 65 países. Só 55,3% dos estudantes brasileiros alcançaram o nível 1 de conhecimento, ou seja, são capazes de aplicar o que sabem apenas a poucas situações de seu cotidiano. Isso, segundo os professores, indica que há urgência em se melhorar a qualidade do ensino de ciências no país.

O kit de Astronomia "Explorando os céus", criado pelos professores Beatriz Barbuy, do Instituto de Física da USP, e Moyses Nussenzveig, é composto de um telescópio simples, denominado Galileoscópio, com algumas lentes que possibilitam visualizar as fases de Vênus e as luas de Júpiter, além de observar as crateras da Lua, os anéis de Saturno, algumas constelações e estrelas duplas.

FONTE: AEB/Brazilian Space

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Vídeo em primeira pessoa mostra salto da estratosfera


E você? Teria coragem?
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Desde que o paraquedista Felix Baumgartner fez seu famoso salto da estratosfera terrestre, várias imagens incríveis dos limites do nosso planeta circulam na web. Desta vez, foi divulgado um vídeo em primeira pessoa da perigosa ação de Baumgartner.

As imagens foram capturadas a partir de sete câmeras instaladas na roupa do paraquedista. O vídeo, que faz parte de um teaser pra a campanha publicitária da GoPro no Super Bowl, mostra o polêmico salto do paraquedista do começo ao fim.


Fonte: R7

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Céu da Semana


O programa Céu da Semana é produzido pela Univesp TV, em parceria com o LAbl - Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento Científico e Tecnológico - da UFSCar e apresentado semanalmente por Gustavo Rojas.

Tema da semana: Apollo 11

CLIQUE AQUI e acesse o vídeo da semana.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Imagem da semana

Crédito de imagem e direitos autorais: Leonardo Orazi (NASA)


O coração e a alma Nebulas

É o coração e a alma da nossa galáxia na Cassiopeia? Possivelmente não, mas é onde duas nebulosas de emissão brilhante apelidadas de Coração e Alma podem ser encontradas. A nebulosa do Coração, oficialmente chamada IC 1805 e visível na vista com zoom acima, à direita, te uma forma que lembra um simbolo do coração clássico. Ambas as nebulosas brilham na luz vermelha do hidrogênio energizado. Vários grupos jovens abertos de estrelas preenchem a imagem e são visíveis acima em azul, incluindo os centros nebulosos. A luz leva cerca de 6.000 anos para chegar até nós a partir dessas nebulosas, que juntos abrangem cerca de 300 anos-luz. Estudos de estrlas e aglomerados, como os encontrados no coração e alma Nebulas centraram-se sobre a forma como as estrelas maciças se formam e como elas afetam o meio ambiente.

(NASA)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Quanta coisa existe em um ano-luz?


"Ano-luz" é a maior medida de distância, que costumamos usar ao lidar com lugares realmente longes, como planetas e estrelas.
Imagine o quanto esta distância significa. mesmo que o nome eja um pouco confuso, você provavelmente já sabe que um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano inteiro. Agora monte mentalmente um cubo com esta distância em cada um dos quatro lados. Quanto de "material" existe na figura geométrica? E, por, outro lao, quão vazia ela seria? Tudo depende de onde você colocar o seu cubo imaginário gigantesco.
O simples fato de mentalizar este cubo, com um ano-luz de comprimento em cada, já é uma tarefa um tanto complicada para nossos limitados cérebros. Lembre-se: a luz possui uma velocidade de quase 300.000 quilômetros por segundo. Em um ano, são aproximadamente 10 trilhões de quilômetros. 365 dias viajando na velocidade da luz vai te levar para bem longe de casa.
Mas vamos adiante. A questão de quanta "coisa" existe neste cubo gigantesco também passa pela oposição ao quanto de "vazio" existe nele. Ou seja, além de estarmos à procura de seu conteúdo, também estamos interessados na quantidade de "nada" que existe lá dentro. E uma resposta definitiva só pode ser dada ao estabelecer um local para estudarmos o conteúdo do cubo.
Para ajudar na visualização da questão, assista o vídeo no fim do texto. Para ativar as legendas automáticas com tradução, basta clicar no primeiro botão da esquerda para a direita no canto direito do vídeo, selecionar "ativo" e depois escolher o português. As legendas na nossa língua estão relativamente boas.
Tomemos como cenário para nosso experimento o núcleo de uma galáxia e encontraremos estrelas por todo o lugar. Quem sabe possamos nos posicionar no coração de um aglomerado globular? Ou em uma nuvem de estrelas? Também poderiamos inserir nosso cubo nos subúrbios da Via Láctea. Há, ainda, grandes espaços vazios que existem entre galáxias, onde não há quase nada.
Agora vamos à matemática louca presente neste exercício de imaginação. Primeiro vamos descobrir a densidade média da Via Láctea, que possui cerca de 100 mil anos-luz de diâmetro e mil anos-luz de espessura. o volume total da Via Láctea, que possui cerca de 100 mil anos-luz cúbicos. E a massa total da Via Láctea chega a incríveis 6x10 elevado à potência de 42 quilogramas.
Fazendo todas estas contas cheias de algarismos, você terá uma densidade de 8x10 elevado à potência de 29 quilos por ano-luz. Ou seja, um 8 seguido de 29 zeros. Parece muita coisa - e realmente é.
Na realidade, este valor corresponde a cerca de 40% da massa do sol. Em outras palavras, em média, em toda a Via Láctea, há cerca de 40% da massa do sol em cada ano-luz cúbico. Porém, em um metro cúbico médio, existe apenas cerca de 950 atogramas(unidade de medida que representa um quintilhonésimo [bilhonésimo do bilhonésimo] do grama, ou seja, 10 elevado a -18 gramas) - o que é bastante próximo a nada. A efeito de comparação, o ar - a nossa referência de "quase nada" - tem mais de um quilo de massa por metro cúbico.
Nas regiões mais densas da Via Láctea, como dentro de aglomerados globulares, é possível observar estrelas com densidade 100 ou até mil vezes maior do que a nossa região da galáxia. As estrelas podem ficar tão próximas entre si quanto o raio do sistema solar.
Entretanto, a história é diferente nas grandes regiões interestelares, onde a densidade cai significativamente. Há apenas algumas centenas de átomos individuais por metro cúbico no espaço entre estrelas. E nos vazios intergalácticos, a situação é ainda mais extrema: há apenas um punhado de átomos por metro.
Respondendo à pergunta do título... Quanta coisa existe em um ano-luz? Bem, como vimos, tudo depende do local que você escolhe para analisar. Mas se você pudesse espalhar toda a matéria que existe no universo, chacoalhando-o como se fosse um globo de neve, a resposta seria: praticamente nada.

CLIQUE AQUI PARA ASSISTIR O VÍDEO!

FONTE: HypeScience

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Estudo aponta descoberta de estrela mais antiga do Universo


Astrônomos da Austrália anunciaram neste domingo (9) a descoberta de uma estrela de 13,6 bilhões de anos, a mais antiga jamais avistada. Este corpo celeste formou-se 200 milhões de anos após o Big Bang, que eu origem ao Universo, informaram os especialistas, que publicaram estudo na revista científica "Nature".
As estrelas que, até agora, aspiravam o título de mais antiga do Universo - dois corpos identificados por equipes europeias e americanas em 2007 e 2013, respectivamente - tem cerca de 13,2 bilhões de anos. Em termos cósmicos, esta estrela está relativamente próxima da Terra, segundo Stefan Keller, da universidade Nacional da Austrália.
Ela se encontra em nossa galáxia, a Via Láctea, a uma distância de cerca de 6 mil anos-luz da Terra, e foi catalogada como SMSS J031300.36-670839.3. "O que mostra que esta estrela é tão antiga é a ausência total de qualquer nível detectável de ferro no espectro de luz que emerge da mesma", explicou Keller.
O Big Bang deu origem a um Universo cheio de hidrogênio, hélio e traços de lítio, assinalou o cientista. Os demais elementos que vemos atualmente vieram das estrelas, que nascem de nuvens de gás e pó deixados pelas supernovas, estrelas enormes que explodem ao fim de sua existência. Este processo de reciclagem sem fim proporciona uma ferramenta interessante para os astrofísicos.

Quantidade de ferro ajuda a determinar idade

Uma forma de determinar a idade de uma estrela é o ferro. Quanto mais baixo o conteúdo de ferro no espectro de luz de uma estrela, mais antiga ela é. 
"O nível de ferro do Universo aumenta com o tempo, enquanto as sucessivas gerações de estrelas se formam e morrem", explicou Keller. "Podemos usar o nível de ferro de uma estrela como um relógio que nos indica quando ela se formou."
No caso da estrela que identificamos, a quantidade de ferro presente é 60 vezes menor do que a de qualquer outra estrela conhecida. Isso indica que nossa estrela é a mais antiga já encontrada", afirmou.
A estrela foi descoberta com a ajuda do telescópio Skymapper, da Universidade Nacional da Austrália, que realiza uma pesquisa de cinco anos sobre o céu do sul. Ela foi criada a partir do material cósmico de uma supernova de baixa energia, aponta estudo.

FONTE: G1

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A anatomia de um asteroide



Com o auxílio do NTT (New Techonology Telescope) do ESO descobriu-se a primeira evidência de que os asteroides tem uma estrutura interna extremamente variada. Ao fazer medições muito precisas, os astrônomos descobriram que partes diferentes do asteroide Itokawa tem densidades diferentes. Descobrir o que se encontra no interior dos asteroides, para além de revelar segredos sobre sua formação, pode também informa-nos sobre o que acontece quando corpos celestes colidem no Sistema Solar e dar-nos pistas sobre como se formam os planetas.
Com o auxílio de observações muito precisas obtidas a partir do solo, Stephen Lowy (Universidade de Kent, RU) e colegas mediram a velocidade à qual o asteroide próximo da Terra (25143) Itokawa roda e como é que esta taxa de rotação varia com o tempo, combinado seguidamente estas observações com trabalho teórico inovador sobre como é que os asteroides irradiam calor.

Crédito: ESO; reconhecimento: JAXA
Vista esquemática do estranho asteroide em forma de amendoim Itokawa. Ao fazer medições extremamente precisas cm o auxílio do NTT do ESO e combinando esses dados com um modelo da superfície do asteroide, uma equipe de astrônomos descobriu que partes diferentes deste objeto tem densidades diferentes. O modelo da forma do asteroide utilizado nesta imagem baseia-se em dados obtidos pela sonda Hayabusa da Agência Espacial Japonesa (JAXA).


Este pequeno asteroide é bastante intrigante uma vez que apresenta a estranha forma de um amendoim, como foi revelado pela sonda japonesa Hayabusa em 2005. Para investigar a sua estrutura interna, a equipe de Lowy utilizou, entre outras, imagens recolhidas entre 2001 e 2013 pelo NTT e ESO, instalado no Observatório de La Silia, no Chile, para medir a variação do brilho do objeto à medida que este roda. Estes dados foram depois usados para deduzir o período de rotação do asteroide de modo muito preciso e determinar como é que este período varia com o tempo. Esta informação, quando combinada com a forma do asteroide, permitiu explorar o seu interior - revelando pela primeira vez a complexidade que se encontra no seu núcleo.
"Esta é a primeira vez que conseguimos determinar como é o interior de um asteroide" explica Lowy. "Podemos ver que Itokawa tem uma estrutura extremamente variada - esta descoberta é um importante passo em frente na nossa compreensão dos corpos rochosos do Sistema Solar."
A rotação de um asteroide e de outros pequenos corpos no espaço pode ser afetada pela luz solar. Este fenômeno, conhecido por efeito Yarkovky-O'Keefe-Radzievski-Paddack (YORP), ocorre quando a radiação solar absorvida pelo objeto é re-emitida pela sua superfície sob a forma de calor. Quando a forma do asteroide é muito irregular, o calor não é irradiado de modo homogêneo, o que cria no corpo um binário, pequeno mas contínuo, que muda a sua taxa de rotação.
A equipe de Lowy determinou que a taxa à qual o asteroide roda está lentamente a acelerar devido ao efeito YORP. A variação na velocidade de rotação é minuscula - uns meros 0,045 segundos por ano, no entanto este resultado é muito diferente do esperado e apenas pode ser explicado se as duas partes do objeto em forma de amendoim tiverem densidades diferentes.
Esta é a primeira vez que os astrônomos encontram evidências para uma estrutura interna dos asteroides extremamente variada. Até agora, as propriedades do interior dos asteroides apenas podiam ser inferidas através de medições globais aproximadas da densidade. Este resultado levou a muita especulação relativamente à formação de Itokawa. Uma possibilidade é que o asteroide tenha se formado a partir de duas componentes de um asteroide duplo depois de ter havido colisão e fusão dos dois objetos.
Lowy acrescenta, "Descobrir que os asteroides não tem interiores homogêneos tem implicações importantes, particularmente para os modelos de formação de asteroides binários. Este resultado poderá igualmente ser aplicado em trabalhos que visam diminuir as colisões de asteroides com a Terra ou em planos para futuras viagens a estes corpos rochosos."
Esta nova capacidade de sondar o interior de um asteroide é um importante passo em frente e pode ajudar-nos a desvendar muitos dos segredos destes objetos misteriosos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Tem curiosidades sobre o céu? Blogueiro explica dez questões



Como se formam as estrelas? O que são constelações? O que são buracos negros? [...]
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O céu é cheio de mistérios e desperta a curiosidade desde os tempos de nossos ancestrais. É comum querer conhecer um pouco mais sobre a Lua, saber porque a Terra gira e entender o que ão cometas, por exemplo. Pensando nisso, o iBahia entrou em contato com o blogueiro Fernando Munaretto. Desde dezembro, ele escreve para o blog 'O Guardador de Estrelas'.

Fernando é astrônomo amador e trabalha com educação e divulgação da astronomia, ministrando palestras e observações do céu ao ar livre na Chapada Diamantina, no Planetário do Museu Parque do Saber, em Feira de Santana, e com diversas escolas e instituições de ensino da capital e do interior da Bahia. Ele listou dez curiosidades sobre o céu e falou sobre cada uma delas.
Confira aqui!


Texto retirado do iBahia.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Planetário de Nova Friburgo - RJ

ATIVIDADES DO PLANETÁRIO DE NOVA FRIBURGO

O ano de 2014 se inicia para o Clube de Astronomia e Planetário de Nova Friburgo. No próximo sábado, dia oito de fevereiro, a partir das 18h, com uma palestra e noite observação (se o tempo estiver bom).


O espaço do planetário está recebendo pequenas melhorias, com pinturas das salas e cúpula, limpeza do jardim e praça de exposição. Em breve, vai contar com a instalação da esfera armilar doada pelo planetário de Santa Cruz, Rio de Janeiro.

O agendamento de visitas das turmas escolares já poderá ser feito pelo telefone (22) 9 8111 9788, pelo Facebook, pelo site incanf.blogspot.com.br, u pelo email ivanicskajr@yahoo.com.br, a partir do dia 10 de fevereiro. Os horários disponíveis estarão no site.

O ano de 2014 promete bons espetáculos nos céus noturnos; eclipses lunares, supernovas, chuvas de meteoros, avistamento de cometas, além, é claro, dos planetas do sistema solar, observáveis pelo telescópio nas noite reservadas para observação.

E no segundo semestre, a Primeira Star Party do Planetário de Nova Friburgo, programada para agosto!


FONTE: CANF

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Espaço: 2014 promete missão em cometa e sondas em Marte

A reativação da sonda espacial Rosetta, que deve pousar em um cometa, e a chegada do satélite Gaia a sua órbita, para produzir um verdadeiro censo galático, marcara apenas o início de um ano de grande expectativa para a exploração espacial. "Nunca se desvendou tanto sobre o universo onde vivemos, mas a cosmologia, e 2014 promete seguir neste sentido", afirma Lúcio Marassi, doutor em cosmologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e especialista em cosmologia computacional pelo Instituto de Astrofísica de Paris.

Veja alguns projetos, missões e ações para ficar de olho nos próximos meses:

Dark Energy Survey
A pesquisa de Energia Escura (DES) foi criada para sondar a origem da expansão do universo e ajudar a descobrir a natureza da energia escura medindo a história de 14 bilhões de anos da expansão cósmica com alta precisão. Mais de 120 cientistas de 23 instituições nos Estados Unidos, Espanha, Reino Unido, Brasil e Alemanha se envolveram no projeto, que construiu uma câmera digital de 570 megapixels extremamente sensível, a DECam, e a montou no telescópio Blanco, no Chile. "É o projeto mais atraente na minha área. E neste ano sairão os primeiros resultados desse projeto", diz Marassi.

Rosetta
Lançada em 2004, a Missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia, tem o objetivo inédito pousar em um cometa. O escolhido foi 67P/Churyumov-Gerasimenko, que viaja entre as órbitas da Terra e de Júpiter. Em janeiro, a sonda "acordou" após ter permanecido em modo de "hibernação" por 957 dias. A missão se aproximará do alvo em agosto e, depois de análises e estudos iniciais, lançará uma sonda para monitorar as alterações desse corpo em sua jornada em direção ao Sol. Examinando a composição do cometa e suas transformações, esse estudo pode ajudar a entender a evolução do universo.

Brasileiros participam da missão Gaia. Foto: ESA/ Divulgação

Gaia
É uma das missões mais audaciosas e caras da história da exploração espacial. A Gaia pretende produzir um mapa tridimensional da Via Láctea, um esforço de 1 bilhão de euros que conta com a colaboração de cientistas de diversos países para investigar 1 bilhão de estrelas da nossa galáxia. O satélite atingiu sua órbita em janeiro, mas seus dados devem começar a produzir resultados a partir de 2017.

Estação Espacial Internacional
Uma boa notícia para a Estação Espacial Internacional foi anunciada em janeiro: a Nasa estenderá sua missão na ISS, que irá até 2020, por mais quatro anos. As outras agências envolvidas nas operações da ISS, porém, ainda não anunciaram se terão missões na estação após 2020. Outra boa notícia é que, na metade desde ano, uma impressora 3D será enviada pela primeira vez à ISS. Com ela, os astronautas poderão criar ferramentas e peças sobressalentes. A ideia é economiza com os custos de envio de equipamento até a estação e criar tudo que for possível de lá mesmo. Se tudo der certo, uma versão permanente da impressora será enviada em 2015.

Astronomia e estatística
A astronomia sempre esteve muito ligada a física, tanto nos temas de pesquisa quanto na proximidade geográfica dos institutos e departamentos, lembra Emille Ishida, doutora em física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Especialmente porque a obtenção de dados em astronomia era muito difícil. "Entretanto essa situação mudou radicalmente nas últimas décadas, e agora nós enfrentamos praticamente o problema oposto", explica Emille. "Com o advento de grandes levantamentos de dados, somos inundados com novas informações o tempo todo e, consequentemente, a interação com a estatística se torna imprescindível. Acredito que uma colaboração de trabalho interdisciplinares é a maior expectativa para 2014". Um dos resultados recentes dessa aproximação é o International Astrostatistics Association (IAA), grupo de pesquisadores de todo o mundo que busca facilitar a troca de experiências entre essas áreas.

O VLT é um conjunto de quatro telescópios com espelhos de 8,2 metros, entre os maiores e mais modernos do mundo. Os cientistas no Brasil podem enviar propostas para usar o tempo de observação deste e de outros telescópios de ESO. Foto: Matheus Pessel/ Terra

Oficialização do Brasil no ESO
Firmado em dezembro de 2010, um acordo de participação do Brasil no Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory, ESO), o mais avançado do mundo, foi celebrado por grande parte da comunidade astronômica. Além de possibilitar o acesso a toda a infraestrutura do ESO e de seus observatórios, o ingresso do Brasil permitiria uma possível participação em contratos para a construção do European Extremely Large Telescope (E-ELT), que será o maior telescópio óptico/próximo infravermelho do mundo, com 39 metros de diâmetro e a capacidade de procurar planetas exosolares com condições de vida, medir a propriedade das primeiras estrelas e tentar desvendar a natureza da matéria escurra e da energia escura.

Mais de três anos depois, no entanto, o projeto, que custará aproximadamente R$ 1,1 bilhão ao longo de 11 anos, ainda espera aprovação do Legislativo. Tramitando na Câmara dos Deputados, o projeto PDC 1287/2013 aguarda parecer da Comissão de Finanças e Tributação. A demora preocupa a comunidade acadêmica brasileira e a organização do ESO, que conta com o País para financiar o novo telescópio. Do custo de 1 bilhão de euros (aproximadamente R$ 3 bilhões), 1/3 viria da contribuição brasileira. "Isso representaria um passo significativo para a astronomia brasileira e para o desenvolvimento no Brasil de tecnologias associadas à construção de grandes telescópios", explica Roig.

Voos privados
Pouco tempo atrás, o turismo espacial ainda gerava grande desconfiança entre especialistas e curiosos. No ano passado, entretanto, o cenário se modificou: novos testes bem-sucedidos, anúncios e parcerias levam a crer que, em um futuro bem próximo, seres humanos poderão deixar a Terra e voltar a salvo para contar a aventura espacial para amigos e familiares. E o primeiro passo para essa tendência pode ser dado em agosto de 2014, data prevista para o início das operações comerciais da Virgin Galactic.

Após mais um teste bem-sucedido de seu SpaceShipTwo em janeiro deste ano, o dono da empresa, o bilionário britânico Richard Branson, se disse otimista: "Eu não poderia estar mais feliz de começar o ano novo com todas as peças visivelmente em seu lugar para o início de voos espaciais completos. Assim, 2014 será o ano em que vamos, finalmente, colocar a nossa bela nave espacial em seu ambiente natural, o espaço". Ainda refém de possíveis atrasos técnicos o voo suborbital (altitude pouco acima de 100 km), com transmissão ao vivo pela televisão nos Estados Unidos, terá o dono da companhia acompanhado de seus dois filhos, Holly e Sam.

"Voos turísticos que não atingem a órbita não tem nada a ver com a exploração espacial. Voos suborbitais são uma novidade, e seu mercado a longo prazo é ainda incerto. Mas eles são um passo importante para um feito tecnicamente muito mais difícil de ser alcançado: o voo privado orbital", afirma John Logsdon, ex-diretor do instituto de política espacial em Washington.

Grupo de ação contra asteroides
O impacto de um corpo espacial de 17 a 20 metros de diâmetro em Chelyabinck, na Rússia, em 15 de fevereiro de 2013, soou como um alarme para as agências espaciais: qual é o plano de ação caso um asteroide de grande porte entre em rota de colisão com a Terra? Em fevereiro de 2014, pela primeira vez, ocorrerá uma reunião entre peritos e agências espaciais de todo o planeta para tratar do assunto. Sua tarefa é coordenar as competências e capacidades para missões destinadas a lidar com corpos celestes que um dia poderiam atingir nosso planeta. Dos mais de 600 mil asteroides conhecidos do Sistema Solar, mais de 10 mil são classificados como objetos próximos da Terra, ou NEOs, porque suas órbitas podem os trazer relativamente perto do nosso caminho.

Na órbita de Marte
Em setembro, dois orbitadores devem se juntar às missões humanas em Marte: O Maven, da Nasa, e o Mars Orbiter, da Agência Espacial Indiana. A missão americana deve chegar à orbita do planeta vermelho dois dias antes da indiana, no dia 24. O maven pretende estudar a atmosfera de Marte e descobrir por que a água do planeta se perdeu ao longo do tempo. Já a missão do MArs Orbiter é demonstrar a tecnologia necessária para a concepção e o desenvolvimento de operações futuras entre planetas.

FONTE: TERRA

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

IMAGEM DA SEMANA

Crédito da Imagem: TRACE Project and NASA

Explicação: Foi um dia tranquilo no sol. A imagem mostra acima, no entanto, que mesmo durante o dia a superfície o Sol é movimentada. Mostrado em luz ultravioleta, as regiões escuras relativamente frias, têm temperaturas de milhares de graus Celsius. Grande grupo de manchas solares AR 9169 a partir do último ciclo solar é visível como a área clara perto do horizonte. O gás de incandescência brilhante que corre ao redor das manchas solares tem uma temperatura de mais de um milhão de graus Celsius. A razão para as altas temperaturas é desconhecida, mas pensado para ser relacionado ao campo magnético que muda rapidamente laços que plasma solar canal. Grande grupo de manchas solares AR 9169 atravessou o Sol durante setembro do ano 2000 e deteriorou em poucas semanas.

FONTE: NASA