sexta-feira, 8 de março de 2013

Estudos sobre buracos negros

Velocidade de rotação de buraco negro gigante é medida pela primeira vez
Telescópios estudaram região no meio de galáxia a 56 milhões de anos luz
Resultados do estudo podem ajudar compreensão sobre a evolução do Universo

 
Um time internacional de cientistas mediu pela primeira vez a velocidade de rotação de um buraco
negro supermassivo, no meio da galáxia NGC 1365, localizada na constelação da Fornalha,
a 56 milhões de anos-luz da Terra. Os resultados do estudo foram divulgados na última quarta-feira,
27 de fevereiro, na edição online da revista "Nature".

O estudo foi realizado a partir de dois telescópios de raios X: o NuSTAR, lançado no ano passado pela agência espacial americana (Nasa), e o XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA).
Segundo os autores, a pesquisa pode ajudar a compreender como as galáxias e os buracos
negros no centro delas evoluíram.

As novas observações foram mais precisas que observações anteriores e
mostraram que as taxas de rotação desses locais podem ser determinadas de forma objetiva.

O buraco negro estudado tem dois milhões de vezes a massa do nosso Sol e gira a uma taxa
próxima ao máximo permitido pela Teoria da Relatividade. Segundo a teoria, a força da gravidade
pode curvar a luz e o sistema espaço-tempo. Na atual pesquisa, os dois telescópios detectaram
esses efeitos de distorção causados pelo buraco negro.

Segundo Fiona Harrison, professora de física e astronomia do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e principal investigadora do NuSTAR, é possível rastrear a matéria que gira em torno dos buracos negros a partir dos raios X emitidos de regiões muito próximas a eles. Isso porque a radiação vista é deformada pelos movimentos das partículas e pela enorme gravidade dos buracos.

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