Velocidade de rotação de buraco negro gigante é medida pela primeira vez
Telescópios estudaram região no meio de galáxia a 56 milhões de anos luz
Resultados do estudo podem ajudar compreensão sobre a evolução do Universo
Um time internacional de cientistas mediu pela primeira vez a
velocidade de rotação de um buraco
negro supermassivo, no meio da
galáxia NGC 1365, localizada na constelação da Fornalha,
a 56 milhões de
anos-luz da Terra. Os resultados do estudo foram divulgados na última quarta-feira,
27 de fevereiro, na edição online da revista "Nature".
O estudo foi realizado a partir de dois telescópios de raios X: o NuSTAR,
lançado no ano passado pela agência espacial americana (Nasa), e o
XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA).
Segundo os autores, a
pesquisa pode ajudar a compreender como as galáxias e os buracos
negros
no centro delas evoluíram.
As novas
observações foram mais precisas que observações anteriores e
mostraram que as taxas de
rotação desses locais podem ser determinadas de forma objetiva.
O buraco negro estudado tem dois milhões de vezes a massa do nosso Sol e
gira a uma taxa
próxima ao máximo permitido pela Teoria da
Relatividade.
Segundo a teoria, a força da gravidade
pode curvar a luz e o sistema
espaço-tempo. Na atual pesquisa, os dois telescópios detectaram
esses
efeitos de distorção causados pelo buraco negro.
Segundo Fiona Harrison, professora de física e astronomia do Instituto
de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e principal investigadora do
NuSTAR, é possível rastrear a matéria que gira em torno dos buracos
negros a partir dos raios X emitidos de regiões muito próximas a eles. Isso porque a radiação vista é deformada pelos movimentos das partículas
e pela enorme gravidade dos buracos.
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Fonte: Site G1 - Ciência e Saúde
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